Oração das Mulheres Resolvidas

Essa recebi por e-mail... achei q valia a pena compartilhar...
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Que o mar vire cerveja e os homens tira gosto,
que a fonte nunca seque,
e que a nossa sogra nunca se chame Esperança,
porque Esperança é a última que morre...
Que os nossos homens nunca morram viúvos,
e que nossos filhos tenham pais ricos e mães gostosas!
Que Deus abençoe os homens bonitos,
e os feios se tiver tempo...

Deus....
Eu vos peço sabedoria para entender um homem,
amor para perdoá-lo e paciência pelos seus atos,
porque Deus,
se eu pedir força,
eu bato nele até matá-lo.

Um brinde...
Aos que temos,
aos que tivemos e aos que teremos.
Um brinde também aos namorados que nos conquistaram,
aos trouxas que nos perderam
e aos sortudos que ainda vão nos conhecer!

Que sempre sobre,
que nunca nos falte,
e que a gente dê conta de todos!

Amém.


P.S.: Homens são como um bom vinho. Todos começam como uvas, e é dever
da mulher pisoteá-los e mantê-los no escuro até que amadureçam e se
tornem uma boa companhia para o jantar.


    Envie para as mulheres que conhecer e para os homens de alto
astral para darem risadas.

--
Carolina Engel

Fiat lux

Nesse novo período em Luanda tb venho tendo novas experiência.
Que a falta de luz aqui é frequente eu já sabia, afinal no ultimo prédio em que morei a iluminação era exclusivamente por gerador. Mas agora que estou morando no centro tenho experimentado a vida no escuro absoluto.
Logo que cheguei pensei, "Blz! O Centro é muito mais urbanizado... os velhos problemas serão coisa do passado! Chega de gasóleo para gerador e caminhão pipa para abastecer a água....". Foi aí q eu me enganei... Desde que cheguei, é mais fácil contar os dias em que não faltou luz.
Como o fornecimento é de linha, a manutenção do gerador ficou em segundo plano pois, a princípio, HÁ energia. Ainda que haja uma queda "dia sim e outro também", recebemos energia da rua.
A situação fica crítica quando lembramos que a bomba d'água para funcionar precisa de energia, ou seja, sem luz = sem água = sem banho.
Para minha sorte hj cheguei em casa mais cedo e já havia tomado banho, mas uns dias são dias de sorte e outros de banho de caneca...
Ainda nessa linha da sorte, do "copo quase cheio", consigo acessar a desprotegida internet de um vizinho " q tem luz....
Áh! Sim, esqueci de complementar o drama da falta de luz... Ela se resume a 3 prédios do meu quarteirão, apenas... ou seja da escuridão da minha varanda, enquanto "tomo uma frasca", consigo assistir novela na TV do segurança da casa da outra calçada.

Isso é Luanda, só resta se adaptar e ver o lado positivo das coisas... Vc pode estar se perguntando, "lado positivo no meio desse caos?" e eu respondo "positivo sim, pelo menos estou morando numa região q tem poucos mosquitos, e posso ficar relaxada sentada na varanda. Como o Ipod está carregado ainda posso abusar da internet do vizinho, enquanto aproveito a brisa..."

Eu estava mesmo precisando dormir cedo.... Acho q hj é o dia!

O óbito

É certo que cada cultura tem sua característica, mas tem determinadas nuances que para quem não está acostumado chega a ser engraçado, pois bem, o vizinho do primeiro andar do prédio em que estou morando, morreu no dia seguinte a minha chegada. Era um cara jovem, e a mãe quando soube entrou em desespero... como era de se esperar.

Com a morte, vieram as cerimônias e ai entra a parte "interessante" da história.

Eu já sabia que óbito neste país é coisa muuuuito séria, inclusive por lei os trabalhadores tem direito a dias de dispensa para que possa velar o morto. DIAS, porque aqui velório dura dias... e isso não está restrito a pais e cônjuges... é estensível a tios, primos e afins que tinham relação próxima com o defunto.

Não entrei na casa da vizinha, mas o corpo estava lá, velório se faz em casa, mas como a casa é pequena e não comportava todos que vinham, colocaram uma foto do garoto com uma vela ao lado na porta do prédio.... Ele morreu na terça a noite, na quarta de manhã quando saí para o trabalho vi a mesa montada com a foto.

Quando voltei na hora do almoço já havia um grupo.... e só aumentou a população...
A noite eles cantaram, não deu para entender exatamente o que eles cantaram, mas era bonito. Eles cantaram por horas...

Quinta de manhã quando fui ao trabalho parte da população já havia se dispersado, mas quando voltamos, tinha tanta gente que preferimos entrar pela garagem que dá acesso a uma rua lateral... uma rota de fulga.... mas a essa altura nem era uma passagem assim tãooooo livre pq a população já se espalhava pelas escadas do edifício (o prédio não tem elevador). "Dá licença, dá licença, dá licença" e chegamos em casa... Neste dia não houve cantoria, teve é festa, o pessoal bebendo e conversando até "sei lá que horas"...

Na sexta a situação era a mesma, mas só que com mais gente ainda.... e começaram a preparar as comidas para o almoço do sábado... Várias senhoras gordas se espalharam pela área interna do prédio, limpando peixe e separando os grãos.... no meio de milhares de moscas. Uma cena.

Sábado de manhã foi o enterro.... o cortejo acompanhou o corpo. Eu estava dormindo, mas acordei com o choro desesperado das pessoas, não levantei para ver, o sono era beeeeemmmm maior que a curiosidade. Mas pela tradição depois do enterro tem o almoço regado a muita bebida e uma comidarada danada.... bom, nem é preciso dizer que a população no sábado era muito maior do que qualquer outro dia, não é?!

Agora os "festejos" pararam, mas perguntei a um angolano do escritório e ele me explicou que 7 dia após o enterro rola uma nova movimentação.... vamos ver, será no próximo sábado.



A Volta para Angola

Com certeza será surpresa para muitos, tudo aconteceu em 4 dias.
Quando decidi que realmente queria voltar para Angola comecei a contactar pessoas que pudessem me ajudar, e uma delas conseguiu!
Em 4 dias acertei tudo e embarquei, por isso nem tive tempo de me despedir, nem falar com ninguém.
Acho que eu mesma, só realizei que estava voltando depois de cheguei...