Viajando, ficamos mais propícios ao risco e a experimentação. Encaramos bacon no café da manhã, passamos na chuva, vamos ao super de bicicleta, dormimos na grama, comemos carne de cobra, dirigimos do lado direito do carro, usamos banheiro público, fazemos confidências a quem nunca vimos antes. O passaporte nos libera não só para a entrada em outro país, como também para a entrada em outro estilo de vida, muito mais solto do que quando estamos em casa, na nossa rotina repetitiva.
“Atravessando a fronteira do Oi”, de Marta Medeiros
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